Discutindo com um grande amigo, massoterapeuta como eu, sobre o post anterior, concluímos que mesmo que assimilada como complementar, ainda há grande resistência à massoterapia, à acupuntura e outros tratamentos, sobretudo os baseados na MTC. Em nossa opinião, e há quem possa discordar, MTC não é complementar. Exceto em casos extremos como câncer ou outras doenças graves nas quais o uso de medicamento é imprescindível. Fora isso, MTC é um tratamento completo.
Citando o texto: “Os tratamentos complementares devem aliar-se aos já prescritos pelo médico do paciente; jamais se opor a eles ou substituí-los”. Concordamos em parte com isso. Ou até discordamos por completo. Por exemplo: um paciente tem dor de cabeça frontal diariamente. Vai ao médico. O médico prescreve, sei lá, aspirina. E também algumas sessões de acupuntura. Sabemos que uma dor de cabeça frontal pode estar relacionada ao meridiano do intestino grosso, segundo a MTC. Uma automassagem no ponto descrito como IG4 talvez resolvesse. Ou outros pontos combinados. Alimentação correta resolveria. Mas, aqui no Brasil, e também em boa parte do mundo, vive-se a cultura do remédio, da automedicação. Assista um comercial de remédio. Sempre termina com o já clássico “Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”. Aqui, nem se vai ao médico. Compra o medicamento antes. Não se observa a alimentação, não se faz exercícios, e não muda os hábitos que talvez possam estar causando o problema. Enquanto houver a cultura do remédio em vez da cultura da prevenção, a MTC sempre será chamada de complementar. Médico ocidental vive para prescrever remédio. A indústria farmacêutica é bilionária e as pessoas, e esse é o ponto chave, não querem mudar.
Exemplo disso, nessa manha, em uma conversa de negócios observei a mesa da pessoa com quem conversava uma caixa de um analségico conhecido no mercado, tal como, um grampeador que se usa a todo momento e que é imprescindível no dia a dia. Ela se queixou de constantes dores de cabeça, e do alivio que o remédio causava. Ninguém está disposto ou culturalmente preparado para buscar a causa da dor, somos direcionados ao consumo indiscriminado de remédios, do alivio imediato.
Não gostamos da ideia de chamar a MTC, que está aí há milênios, de complementar. Mas, é aquela velha história: quem vai abraçar um novo modo de vida, totalmente oposto ao já estabelecido? E aquela dúvida: como um médico ocidental concilia ensinamentos orientais? Para quem sabe a diferença o método oriental, de modo algum, complementa o ocidental. Enfim, é pouco, muito pouco. Mas é válida esta “iniciativa” do Einstein, referencia em saúde, diferencial que infelizmente, uma ínfima parte da população tem acesso, ao contrário das práticas orientais, mais baratas e preventivas que se apóiam no todo e não em partes isoladas do corpo e vida humana. Antes isso do que nada.
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