sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

AOS ESTUDANTES



Pesquisa demonstra que terapia manual reduz índice de estresse em vestibulando.
É sabido que o estresse no momento de realizar o exame vestibular pode atrapalhar o desempenho dos candidatos. O famoso “branco” é uma das possibilidades. Para falar de dados científicos, uma pesquisa realizada no Laboratório de Estudo do Estresse do Instituto de Biologia (IB), por exemplo, comprovou que os períodos de maior alta dos índices de cortisol – um dos principais hormônios relacionados ao estresse – são os meses de setembro e novembro, ou seja, respectivamente, no momento da inscrição e no período de provas dos vestibulandos. Neste sentido, a fisioterapeuta Heloisa Aparecida Ferreira propôs como linha de investigação, no mesmo Laboratório, um tratamento com terapia manual (massagem) para aliviar o estresse dos jovens no momento de prestar o vestibular.
A experiência deu certo. O protocolo de tratamento específico se mostrou eficiente a começar pelos níveis de acesso à memória, pois uma das principais funções prejudicadas em momentos de estresse é a memória declarativa de curto prazo e longo prazo. “O grupo controle teve um aumento significativo do índice de cortisol no período de setembro a novembro. Já no grupo tratado se manteve estável o índice de cortisol”, atesta Heloisa, que acredita ser uma alternativa para aliviar o estresse do momento de disputar uma vaga na universidade.
Os níveis de aprovação também foram aferidos e representou 64% dos voluntários que se submeteram à intervenção. Ela avaliou todos os parâmetros por dois anos consecutivos – 2006 e 2007 – e em ambos os resultados foram semelhantes. A pesquisa foi orientada pelas professoras Regina Célia Spadari e Dora Maria Grassi Kassisse, esta última a responsável pelo laboratório.
“Os dados se repetiram e, com isso, atestamos a eficiência deste tipo de tratamento sem o uso de medicamentos. Desde o início da pesquisa, a ideia era, justamente, conseguir atingir esta faixa etária de forma a aliviar as tensões impostas pelas decisões”, explica Heloisa. Os jovens e adolescentes passam por momentos de estresse, principalmente, na hora de decidir pela carreira que irá cursar. Para a fisioterapeuta, em muitos casos é a fase mais difícil da vida, pois ocorre pressão da família, dos professores e as várias opções do mercado acabam gerando muitas dúvidas e o receio de errar.
Para a pesquisa, Heloisa tomou dois grupos para comparação. Um constituído para servir de grupo controle e, no outro, com 32 voluntários de um cursinho pré-vestibular, ela aplicou terapia manual com mobilização dos grandes grupos articulares – cintura escapular e cintura pélvica –, fáscias e músculo em 21 sessões de 40 minutos, sendo duas por semana. A terapia manual foi realizada de setembro a novembro. Foram feitas ainda medições do índice de concentração de cortisol salivar antes e depois das sessões de fisioterapia, mostrando claramente um aumento no índice de concentração salivar de cortisol para o grupo não-tratado.
O estudo contemplou ainda a aplicação de um questionário para avaliar a autopercepção dos candidatos ao vestibular do cursinho nos três turnos de aulas sobre o nível de estresse. Um dado interessante foi perceber que o índice entre as mulheres analisadas foi bem mais alto. Os alunos do período noturno foi outra surpresa, pois apresentaram índices de estresse percebido bem menores que os outros turnos. Os índices de estresse nos alunos do período da manhã são bem maiores que no período da tarde.
Texto: Raquel do Carmo Santos Fonte: Jornal da Unicamp

terça-feira, 8 de maio de 2012

CIÊNCIA DA MASSAGEM

Pesquisadores do Canadá encontraram uma explicação científica em nível celular para a eficácia da massagem no alívio da dor e na recuperação muscular.
Por: Cássio Leite Vieira
Publicado em 26/03/2012 | Atualizado em 26/03/2012
A eficácia da massagem contra a dor tem agora base científica: os benefícios da técnica estão associados a ‘ligar’ e ‘desligar’ genes. (foto: Thomas Wanhoff/ Flickr – CC BY-SA 2.0)
Massagistas agora poderão dizer, com base científica, por que a atividade que exercem funciona no alívio da dor e na recuperação muscular. E isso tem a ver com ‘ligar’ e ‘desligar’ genes, segundo estudo.
Parte dos profissionais de saúde vê a massagem com ceticismo – afinal, qual a base científica para os tais benefícios relatados? Porém, não faltam relatos sobre os benefícios e a eficácia da técnica em sua ação contra a dor.
Agora, veio a público o que parece ser a primeira explicação científica em nível celular para a massagem. E a história das razões do estudo – relatada pelo serviço noticioso ScienceNow (01/02/12) – começa quando Mark Tarnopolsky, da Universidade McMaster (Canadá), passou a se submeter a massagens por indicação médica, depois de acidente esportivo.
Veio a público o que parece ser a primeira explicação científica em nível celular para a massagem
O fato de as sessões trazerem alívio para a dor chamou a atenção do pesquisador. Haveria base celular para o que ele sentia? Tanopolsky, coincidentemente, trabalha com metabolismo celular.
O cientista reuniu colegas e decidiu investigar. Arrebanharam-se 11 jovens, submetidos a exercícios extenuantes. Dez minutos depois da prática esportiva (pedalar), uma das pernas foi submetida a massagem.
Os pesquisadores colheram amostras do quadríceps (músculo da parte anterior da coxa) das duas pernas em três ocasiões: antes do exercício, 10 minutos depois e 3h mais tarde.
Primeiramente, eles constataram o que já se sabia: depois do exercício, as células apresentam mais evidências de inflamação e de sinais de autorreparo dos danos do que antes.
A surpresa veio quando se analisaram as células do tecido massageado: elas tinham 30% a mais de genes reparadores envolvidos no processo de transformar nutrientes em energia, bem como 300% menos de proteínas que ‘ligam’ genes envolvidos na inflamação.
Simplificadamente: os genes reparadores estavam ‘ligados’ e os relacionados à inflamação ‘desligados’.
Quanto à crença de que a massagem difunde, para outras regiões, o ácido lático do músculo dolorido, a equipe não achou evidências – esse, até agora, era o argumento ‘científico’ mais usado para justificar os efeitos da massagem.
O estudo foi publicado on-line na revista Science Translational Medicine.

Cássio Leite Vieira

Ciência Hoje/ RJ

Texto originalmente publicado na CH 290 (março de 2012).

quinta-feira, 8 de março de 2012

BENEFÍCIOS DA MASSAGEM VÃO ALÉM DA PELE

RONI CARYN RABIN
DO "THE NEW YORK TIMES"

Uma boa massagem faz mais que apenas relaxar seus músculos? Para descobrir, pesquisadores do Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, recrutaram 53 adultos saudáveis e aleatoriamente submeteram 29 deles a uma sessão de 45 minutos de intensa massagem sueca, e os outros 24 a uma sessão de massagem leve.

Foram inseridos cateteres intravenosos em todos os participantes, para que amostras de sangue fossem colhidas imediatamente após a massagem e novamente uma hora depois.

Para sua surpresa, os pesquisadores, patrocinados pelo Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa, uma divisão do Instituto Nacional de Saúde, descobriram que uma única sessão de massagem causava alterações biológicas.

Os voluntários que receberam a massagem sueca experimentaram reduções significativas nos níveis do hormônio do estresse cortisol no sangue e saliva, e no nível de vasopressina, um hormônio que pode causar elevações de cortisol. Eles também tiveram aumento no número de linfócitos, os glóbulos brancos do sangue que fazem parte do sistema imunológico.

Os voluntários da massagem leve experimentaram elevações da ocitocina, um hormônio associado ao contentamento, maiores que no grupo da massagem sueca, e reduções mais acentuadas do hormônio adrenocorticotrófico, que estimula as glândulas adrenais a liberar cortisol.

O estudo foi publicado online em "The Journal of Alternative and Complementary Medicine".

O principal autor, Mark Hyman Rapaport, diretor de psiquiatria e neurociências comportamentais do Cedars-Sinai, afirmou que as descobertas eram "muito intrigantes e instigantes isso porque sou um cético".
http://www.folha.com.br/eq804405

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

MASSAGEM - ATLETAS

Massagem não é brincadeira. Bem sabem os atletas, que contam com profissionais para aliviarem sua dor, se recuperarem, entre outros efeitos vantajosos e relaxantes da massagem.

Agora, uma base científica apoia uma boa sessão de massagem: segundo um novo estudo, a nível celular, a massagem reduz a inflamação e promove o crescimento de novas mitocôndrias no músculo esquelético.

O estudo envolveu a análise genética de biópsias musculares realizadas no quadríceps de onze homens jovens depois deles terem se exercitado até a exaustão em uma bicicleta estacionária.

Uma das pernas de cada participante foi aleatoriamente escolhida para ser massageada. As biópsias foram feitas em ambas as pernas antes do exercício, após 10 minutos de tratamento de massagem, e depois de um período de 2,5 horas de recuperação.

“Nossa pesquisa mostrou que a massagem diminui citocinas inflamatórias nas células musculares e promove a biogênese de mitocôndrias, que são as unidades produtoras de energia nas células”, disse Simon Melov.

O pesquisador acrescentou que a redução da dor associada com a massagem pode envolver o mesmo mecanismo de drogas anti-inflamatórias convencionais.

A pesquisa fornece a validação necessária para uma prática que está crescendo em popularidade. Os potenciais benefícios da massagem podem ser úteis para um amplo espectro de pessoas, incluindo idosos, pessoas com lesões músculoesqueléticas e pacientes com doença inflamatória crônica – nesses casos, terapias manipulativas, como massagem, podem ser justificáveis na prática médica.[
ScienceDaily

Por Natasha Romanzoti em 4.02.2012 as 15:00 RSS Feeds

http://hypescience.com/massagem-reduz-inflamacao-e-aumenta-producao-de-mitocondria/comment-page-1/#comment-199115

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

MASSAGEM - EFEITO ANALGÉSICO

Abaixo mátéria da Folha de São Paulo de 02 de fevereiro desse ano, dando conta de mais um dos inúmeros benefícios que todos podem usufruir através da massagem.

Nunca é demais salientar que se procure um massoterapeuta habilitado para usufruir desses resultados, pois esse profissional saberá identificar suas necessidades, traçar a terapia dentro das várias técnicas que domina.


02/02/2012 - 09h46
Efeito da massagem contra dor é similar ao de analgésico
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO


Na prática, já se sabia desde a antiguidade clássica, pois gregos antigos e chineses praticavam massagem em seus atletas depois de exercícios. Mas só agora uma equipe de cientistas, no Canadá, demonstrou o mecanismo bioquímico pelo qual a massagem faz efeito terapêutico. 
O estudo foi publicado na edição de hoje da revista médica americana "Science Translational Medicine" pela equipe coordenada por Justin Crane e Mark Tarnopolsky, da Universidade McMaster, do Canadá.
Usando um grupo de 11 voluntários que realizou exercícios físicos, recebeu massagem feita por profissionais e, depois, foi submetido a biópsias nos músculos afetados, Crane e seus colegas documentaram as mudanças biológicas nos tecidos.
"Depois de dez minutos de massagem, vias de sinalização que respondem a estresses mecânicos foram ativadas. A massagem reduziu sinais de inflamação, e células musculares massageadas eram mais capazes de formar novas mitocôndrias", escreveu o editor da revista.
Exercício demanda energia. Graças à massagem, as células musculares produziram com mais eficiência "organelas" (pequenos órgãos dentro das células) ligados à produção de energia, essas mitocôndrias.
Ou seja, a massagem terapêutica facilita a recuperação após danos musculares.
"A massagem depois da prática esportiva ajuda em duas coisas", afirma Victor Liggieri, coordenador do setor de fisioterapia do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP.
"Há uma dor normal pós-exercício. A massagem reduz o tempo da recuperação muscular. E reduz o índice de lesão patológica, por exemplo, um estiramento muscular", diz Liggieri. Isto é, um alongamento, abrupto, do músculo, faz com que ele passe do seu limite elástico natural e o deixa contraído. E isso pode durar semanas, meses.
"Mas não é só o atleta que está em risco", diz o fisioterapeuta. O chamado atleta de fim de semana é a clássica vítima de dor muscular.
O objetivo do estudo canadense descrito agora era justamente avaliar essa situação em que pessoas sem condicionamento físico sofrem dor muscular.
O estudo envolveu testar os músculos das pernas de voluntários submetidos a exercícios exaustivos.
Dez minutos de massagem reduziram os sinais de inflamação nas células. E, algo que vai merecer mais estudo, o resultado foi parecido ao produzido por analgésicos.
Segundo os autores, é importante dar validade científica a tratamentos baseados no toque, que são cada vez mais procurados em substituição ou de forma complementar ao atendimento médico convencional. Além disso, livraria os pacientes de efeitos colaterais de analgésicos e anti-inflamatórios.

Fonte: http://folha.com/no1042888